O brasileiro médio enfrenta uma situação desafiadora: com um salário mínimo de R$ 1.412, ele está longe de alcançar o valor necessário para cobrir o básico, que segundo o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), deveria ser de R$ 6.769,87 para uma família de quatro pessoas em outubro de 2024. Esse valor, que representa 4,79 vezes o piso nacional, reflete o custo crescente dos itens essenciais em todas as capitais do país.
O Peso da Cesta Básica: Uma Realidade para Todos
Em outubro, a cesta básica teve aumento em todas as 17 capitais pesquisadas, atingindo seu custo mais alto em São Paulo, onde chega a R$ 805,84. Em Florianópolis e Porto Alegre, os valores também ultrapassam R$ 770, reforçando o impacto desses gastos no orçamento mensal.
Com esses valores, um trabalhador que recebe o salário mínimo precisa destinar cerca de 61,70% de seus rendimentos líquidos para cobrir o custo da cesta básica em São Paulo, sobrando pouco para outras despesas. O estudo do DIEESE mostra que o valor do salário mínimo necessário não só aumentou em relação ao ano anterior, mas continua se afastando da realidade de muitos brasileiros.
O Tempo de Trabalho e os Alimentos em Alta
Além do aumento nos preços, o tempo de trabalho necessário para adquirir a cesta básica também cresceu, chegando a uma média de 105 horas e 14 minutos em outubro, comparado a 102 horas no mês anterior. Entre os itens que mais encareceram a cesta, a carne bovina, o óleo de soja e o café foram os maiores vilões. Em Fortaleza, a carne bovina teve aumento de 9,95%, enquanto em Belo Horizonte, o café em pó subiu 56,25% em relação ao ano anterior.
Esses dados refletem as dificuldades enfrentadas por milhões de famílias que, com o salário atual, não conseguem custear o básico. Para saber mais sobre como esses aumentos afetam diretamente o custo de vida dos brasileiros, acompanhe as atualizações no Portal Archa.
Fontes: DIEESE
