Por Redação Archa | Com informações de Marta Szpacenkopf – LJR | Rio Claro (SP)
Cinco ferramentas digitais desenvolvidas no Brasil, de forma colaborativa, gratuita e com código aberto, estão sendo disseminadas nacional e internacionalmente para fortalecer o combate à desinformação em veículos de comunicação, redações comunitárias, escolas e universidades. A iniciativa é parte da segunda fase do projeto Codesinfo, do Projor – Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo, com apoio da Google News Initiative e do Knight Center da Universidade do Texas.
As ferramentas — Capí, Check-up, Mosaico, Quem Disse? e Xarta — foram criadas entre 2023 e 2024 por redações como Aos Fatos, Folha de S. Paulo, Folha do Mate, Ambiental Media e Núcleo Jornalismo. Elas já estão disponíveis para uso gratuito em sites, redações e instituições de ensino.
“As ferramentas valorizam autoria, contexto, transparência e a conexão entre ciência e jornalismo — pilares essenciais para resistir à desinformação”, explica Francisco Belda, coordenador do projeto.
- Capí: chatbot treinado com dados científicos e reportagens sobre clima, alimentado por inteligência artificial (modelo Gemini, do Google). Útil para jornalistas, professores e ativistas ambientais na checagem de fatos relacionados à crise climática.
- Check-up: desenvolvido pelo Aos Fatos, monitora anúncios publicitários de saúde veiculados em grandes portais de notícias, identificando desinformação por meio de automação e verificação manual.
- Mosaico: ferramenta da Folha de S.Paulo que transforma reportagens em vídeos curtos com auxílio de IA. Visa expandir o alcance do jornalismo confiável nas redes sociais.
- Quem Disse?: plugin para WordPress criado pelo jornal Folha do Mate que cria perfis de autores e fontes, aumentando a transparência e rastreabilidade de conteúdos publicados.
- Xarta: mini CMS que cria “cards de contexto” automáticos para reportagens sobre o mesmo tema. Criado pelo Núcleo Jornalismo, evita que matérias antigas sejam descontextualizadas e usadas para enganar o leitor.

Todas as ferramentas têm código aberto e estão disponíveis no GitHub dos respectivos desenvolvedores. Elas podem ser adaptadas e utilizadas em projetos educacionais como jornais escolares, agências estudantis de fact-checking, oficinas de cidadania digital e projetos interdisciplinares nas redes pública e privada de ensino.
📎 Leia a matéria original de Marta Szpacenkopf na LatAm Journalism Review:
👉 latamjournalismreview.org/pt-br/articles/conheca-cinco-ferramentas-digitais-de-codigo-aberto-para-usar-gratuitamente-no-combate-a-desinformacao
🔍 Para explorar as ferramentas diretamente, acesse codesinfo.org.br.
