Vergonha no Pix: Sorteio da Comissão Processante de Dalberto pode ser anulado por erro jurídico, aponta denúncia


Uma denúncia publicada pelo jornalista Garcia Rosa, do perfil Bastidores da Política RC, revelou uma possível nulidade no sorteio da Comissão Processante (CP) instaurada contra o vereador suspenso Dalberto Christofoletti (União Brasil) pela Câmara Municipal de Rio Claro. O erro pode comprometer toda a legalidade do processo, que apura suposta quebra de decoro parlamentar.

⚖️ O erro: Proporcionalidade partidária onde não deveria haver

Segundo Garcia Rosa, a Procuradoria Jurídica da Câmara teria orientado a formação da CP com base em uma suposta proporcionalidade partidária — regra que não encontra respaldo nem no artigo 80 do Regimento Interno da Câmara, nem no artigo 5º do Decreto-Lei 201/1967, que rege os processos de cassação de mandato de prefeitos e vereadores no Brasil.

“A escolha dos integrantes da CP obedeceu a uma proporcionalidade partidária que não está prevista nas normas aplicáveis”, afirma a denúncia.

🧑‍⚖️ O que diz a legislação

O Decreto-Lei 201/1967, que trata da perda de mandato por quebra de decoro, estabelece que o sorteio dos membros da comissão deve ser realizado dentre todos os vereadores desimpedidos, ou seja, aqueles que não sejam parte diretamente interessada no caso:

  • Desimpedidos: vereadores que não são autores da denúncia, nem diretamente beneficiados pela eventual cassação.
  • A participação deve ser igualitária e aleatória, respeitando o princípio do devido processo legal.

Com isso, deveriam estar automaticamente impedidos de participar do sorteio:

  • Rafael Andreeta (Republicanos) – autor da denúncia;
  • Erik Tatu (PSD) – suplente direto de Dalberto, que assumiria em caso de cassação.

🧨 Risco de nulidade

Caso o sorteio tenha sido realizado com base em critérios políticos não previstos em lei, e com a exclusão irregular de nomes ou inclusão de impedidos, toda a Comissão Processante poderá ser considerada nula de pleno direito. Essa nulidade pode comprometer a legitimidade das decisões, abrir margem para ações judiciais e até caracterizar vício de origem no processo de cassação.

📣 Reação esperada e providências possíveis

Diante da denúncia, espera-se que a Mesa Diretora reavalie o procedimento e, se confirmada a falha, realize novo sorteio conforme a lei federal e a jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal, que reafirma a centralidade do Decreto-Lei 201/1967 nesses casos.

O Portal Archa reitera a necessidade de que a Câmara Municipal siga os ritos legais e preserve a lisura processual, independentemente da gravidade ou pertinência das acusações em apuração.


📬 Requerimento de apuração

Caso o sorteio não seja refeito, recomendamos que os parlamentares de oposição, o Ministério Público Estadual ou até mesmo o vereador investigado acionem o Poder Judiciário e o Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP) para garantir o respeito ao processo legal, o que inclui:

  • Verificação da legalidade da constituição da CP;
  • Garantia de ampla defesa e contraditório;
  • Apuração de eventual vício insanável que comprometa a legalidade do processo de cassação.

Assista a denúncia em: https://www.instagram.com/reel/DLDK4YmR96x/

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