💣 Explosão de perdas salariais em maio acende alerta: 1 em cada 5 trabalhadores teve reajuste abaixo da inflação

DIEESE alerta: 1 em cada 5 acordos coletivos deixou o trabalhador mais pobre — e a mídia ignora

Os números são frios, mas o impacto é devastador. Em maio de 2025, 164 negociações salariais firmadas no Brasil resultaram em perdas reais, ou seja, reajustes abaixo da inflação oficial. O dado consta no mais recente boletim De Olho nas Negociações, do DIEESE, e revela um movimento que passa despercebido do noticiário tradicional: o empobrecimento sistemático da classe trabalhadora por meio de negociações supostamente legais.

O custo de vida disparou — com o INPC marcando 5,32% no período —, mas cerca de 20% das 815 negociações registradas no sistema Mediador do Ministério do Trabalho não conseguiram nem repor esse índice. A última vez que se viu um cenário parecido foi em setembro de 2022, ainda sob os impactos da pandemia e das reformas neoliberais.

🧨 Estamos diante de um novo ciclo de arrocho?

Mesmo com a maioria das negociações tendo obtido aumentos acima da inflação (67,9%), o DIEESE aponta que a erosão da renda volta a ganhar força, principalmente entre trabalhadores de comunicações, cultura e serviços urbanos, setores historicamente vulneráveis e pouco sindicalizados.

Além disso, a média dos reajustes com ganhos reais foi de apenas 0,78% acima da inflação — valor que sequer cobre o aumento do custo dos alimentos básicos nas principais capitais. Para quem ficou abaixo do INPC, o buraco é ainda mais fundo: perda média de -0,54%.

📍 Regionalmente, o Sudeste concentrou o maior número de acordos com ganho real (82,6%), mas também apresentou alto volume de negociações com valores medíocres, numa conjuntura que combina crescimento das desigualdades e desorganização sindical.

📍 Setorialmente, apenas o setor rural despontou com resultados sólidos: 82,8% das negociações com ganhos reais e média de 1,48% acima da inflação — reflexo direto da valorização do salário mínimo, que afeta as faixas salariais mais baixas.

🧮 No acumulado de 2025:

  • 78,4% dos acordos com ganhos reais
  • 12,6% apenas repuseram inflação
  • 9% resultaram em perda de poder aquisitivo
  • Variação real média no ano: 1,07%

📉 Mas os analistas alertam: o crescimento dos reajustes abaixo da inflação em maio pode ser o início de um novo ciclo de austeridade disfarçada de normalidade institucional.

Se a imprensa ignora e os sindicatos não reagem, resta à sociedade civil levantar o debate: quem lucra quando os trabalhadores perdem?

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