📚 Senado publica novos livros digitais sobre a Confederação do Equador e a Independência do Brasil

A Biblioteca Digital do Senado Federal anunciou a disponibilização gratuita de três novos volumes digitais dedicados à história do Brasil no século XIX. As obras exploram diferentes aspectos da Confederação do Equador (1824), do período imperial e da Independência, com atenção especial às perspectivas regionais e aos personagens envolvidos nesses processos de conflito e construção nacional.

Os livros, lançados em 2025 com licença Creative Commons CC0 (domínio público), podem ser baixados ou lidos online gratuitamente. A iniciativa integra a Comissão Temporária Interna em Comemoração aos 200 anos da Confederação do Equador, celebrando o bicentenário do movimento revolucionário que contestou o centralismo do Império recém-independente.

Os títulos divulgados são:

Os mártires da confederação do Equador no Ceará
Organização: Júlio Lima Verde Campos de Oliveira
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Este volume resgata a memória dos líderes cearenses que aderiram à Confederação do Equador e foram executados pela Coroa. Destaca figuras como Padre Mororó e Pessoa Anta, apresentando o impacto da repressão imperial na província.

A primeira revolução constitucionalista brasileira: a Confederação do Equador no seu bicentenário
Organização: André Heráclio do Rêgo
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Resultado de um seminário promovido pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, o livro reúne estudos que revisitam a Confederação do Equador de forma ampla. Amplia o debate para outras províncias do Norte e Nordeste, sem ignorar o protagonismo pernambucano, e reflete sobre federalismos, a Constituição do Império e a crítica de Frei Caneca.

Visões pernambucanas sobre a Independência e o Império
Organização: André Heráclio do Rêgo
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Explora a visão de intelectuais como Joaquim Nabuco, Oliveira Lima, Gilberto Freyre e Evaldo Cabral de Mello sobre a Independência e o Império, com atenção ao ponto de vista pernambucano. Destaca debates sobre a pluralidade de “independências”, consensos construídos e críticas à centralização imperial.


🗺️ Memória, regionalismo e disputa de narrativas

A Confederação do Equador (1824) costuma ser lembrada nos livros escolares como um levante separatista sufocado por D. Pedro I. Mas essas novas publicações revelam a riqueza de sentidos em disputa: republicanismo, federalismo, crítica à Constituição outorgada e um projeto de país menos centralizado e mais plural.

Os livros discutem a violência da repressão imperial, a execução de líderes locais e as tensões entre as promessas de Independência (1822) e a realidade política do Império centralizado. Também resgatam o papel do Nordeste — em especial Pernambuco e Ceará — como palco de resistência e laboratório de ideias liberais e republicanas.


📌 Acesso gratuito e preservação da memória

A publicação digital gratuita desses estudos pelo Senado Federal é um passo importante para democratizar o acesso ao conhecimento histórico, muitas vezes restrito a edições acadêmicas caras ou limitadas.

Em um país que ainda debate a memória oficial da Independência e do Império, iniciativas como essa podem ajudar a descolonizar a História e abrir espaço para múltiplas vozes regionais e perspectivas críticas.


📎 Leia e baixe os livros na Biblioteca Digital do Senado:
👉 https://www2.senado.gov.br/bdsf/



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