Pesquisadores da Fiocruz Pernambuco sistematizaram 82 indicadores para apoiar a análise e o planejamento do papel do gestor estadual na política de regionalização da assistência à saúde no SUS.
O trabalho, publicado na Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil (v.10, suplemento 1, p. S157–S172, 2010), foi desenvolvido por Yluska Almeida Coelho dos Reis, Eduarda Ângela Pessoa Cesse e Eduardo Freese de Carvalho, do Laboratório de Apoio à Municipalização do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (Fiocruz/PE).
O estudo elaborou um modelo teórico-lógico da regionalização que explicita atribuições do gestor estadual em três níveis de análise: governo, gestão e assistência. Com base nesse modelo, foi construída uma matriz de avaliação validada por especialistas por meio da técnica de Conferência de Consenso.
A matriz organiza os 82 indicadores em seis dimensões e 14 critérios, contemplando temas como planejamento regional, financiamento, participação social, regulação assistencial, qualidade dos serviços e educação permanente.
Embora não seja um manual normativo, o estudo oferece um referencial técnico estruturado para estados que queiram diagnosticar suas capacidades, orientar pactuações interfederativas ou apoiar processos de avaliação e planejamento estratégico.
Segundo os autores, explicitar essas dimensões ajuda a reconhecer a complexidade do papel estadual na regionalização, especialmente diante do desafio histórico de superar a fragmentação dos serviços e garantir redes regionais integradas.
O artigo está disponível em acesso aberto na Rev. Bras. Saúde Matern. Infant.:
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