O uso estratégico de plataformas digitais como YouTube, Instagram, TikTok e podcasts pode transformar a forma como a ciência chega ao público e romper barreiras históricas no acesso ao conhecimento. É o que revela o artigo Educomunicação e plataformas digitais: novos caminhos para a divulgação científica na era das redes sociais, de Fabrício José Marcon, Luis Antônio Oliveira Cristofaro e Moisés Aparecido Ribeiro, docentes da Faculdade de Ensino Superior do Interior Paulista (FAIP).
A pesquisa, de natureza qualitativa e bibliográfica, analisa como as redes sociais podem potencializar a popularização da ciência e estimular o pensamento crítico, ao mesmo tempo em que alerta para riscos como a desinformação, a ausência de curadoria e as desigualdades de acesso à internet e à alfabetização digital.
Segundo os autores, a educomunicação — abordagem que integra práticas pedagógicas e estratégias comunicacionais — oferece meios para tornar a divulgação científica mais participativa, dialógica e inclusiva. Canais como Manual do Mundo, Nerdologia e influenciadores como Átila Iamarino e Débora Aladim exemplificam como é possível traduzir conteúdos acadêmicos para formatos atraentes e acessíveis, ampliando o alcance para públicos historicamente excluídos.
O estudo aponta que a força das plataformas digitais está na interatividade e na adaptação das linguagens acadêmicas à estética das mídias sociais, mas que esse potencial só se concretiza com planejamento, compromisso ético e formação contínua de professores e comunicadores. “As redes sociais não são inimigas da educação formal, mas aliadas em potencial. Sua força está na capacidade de gerar identificação, estimular o protagonismo e transformar a relação entre ciência e sociedade”, afirmam.
Referência
MARCON, Fabrício José; CRISTOFARO, Luis Antônio Oliveira; RIBEIRO, Moisés Aparecido. Educomunicação e plataformas digitais: novos caminhos para a divulgação científica na era das redes sociais. Faculdade de Ensino Superior do Interior Paulista – FAIP, 2025.
