A proposta de emenda à Constituição, PEC 10/2022, que visa à privatização dos serviços de coleta e gestão do sangue no Brasil, tem gerado grande preocupação em todo o país. A Sociedade Brasileira está se unindo para protestar contra essa proposta que, se aprovada, pode resultar em consequências sérias para o sistema de saúde.
A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) tem sido uma das principais vozes contra a PEC 10/2022. De acordo com a ABRASCO, o Sistema Único de Saúde (SUS) garante tratamentos com transfusões de sangue gratuitos e seguros, tanto na rede pública como na privada. A Política Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados do Brasil é reconhecida internacionalmente por sua eficiência e segurança.
O sistema de saúde brasileiro atualmente fornece sangue doado apenas para a população local. No entanto, se os serviços de coleta de sangue forem privatizados, o plasma sanguíneo brasileiro pode se tornar um produto comercializado no mercado global. Esse cenário pode resultar no desabastecimento dos bancos de sangue nacionais, tornando os brasileiros mais vulneráveis em situações de emergência.
A PEC 10/2022 também coloca em risco a Hemobrás, uma instituição crucial para a autossuficiência do Brasil na produção de medicamentos. Além disso, a proposta é vista como uma violação da dignidade humana, uma vez que as parcelas mais vulneráveis da população podem ser exploradas.
A mobilização contra a PEC 10/2022 continua a crescer, com manifestações e protestos em todo o Brasil. A sociedade está unida para defender a integridade do sistema de saúde e a importância de manter a coleta de sangue como um serviço público voltado para o bem-estar da população.
