A UNESCO e o Fórum Latino-Americano e Caribenho de Jornalismo (FLAP) lançaram um programa integral destinado a fortalecer a liberdade de expressão e a segurança dos jornalistas na América Latina e no Caribe. O programa priorizará a proteção de jornalistas em situação de risco, incluindo aqueles deslocados e exilados, além de promover a criação de uma Lei Modelo de Proteção a Jornalistas.
O plano será articulado em torno de quatro eixos estratégicos, com especial atenção para os jornalistas que enfrentam ameaças, os deslocados e os exilados. O primeiro pilar impulsionará debates parlamentares para promover a aprovação da Lei Modelo de Proteção a Jornalistas em países como Argentina, Brasil, Chile, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.
De acordo com o presidente do FLAP, Mauricio Weibel, a ideia é estimular a articulação de diálogos legislativos que promovam a aprovação de leis que fortaleçam a proteção e a segurança dos jornalistas. A experiência do Chile, onde forças políticas de diferentes espectros se uniram em defesa da liberdade de imprensa, será uma referência chave para a ação.
O segundo eixo do programa inclui três workshops virtuais gratuitos, abertos a jornalistas de toda a região, focando em temas como direitos humanos, memória, jornalismo e interculturalidade, e jornalismo de gênero. Essas capacitações serão realizadas em parceria com a Casa do Jornalismo Livre (Costa Rica), o Centro No Es Hora de Callar (Colômbia) e a Rede Regional de Apoio (Uruguai), com o objetivo de fortalecer as capacidades e redes de solidariedade entre jornalistas.
Além disso, o programa oferecerá um módulo de coaching estratégico, destinado a jornalistas em posições de liderança editorial. O objetivo é capacitar os participantes para que possam atuar de forma resiliente em redações e ambientes de alta pressão.
O quarto pilar do programa visa aproximar a discussão sobre liberdade de expressão das universidades latino-americanas, promovendo pesquisas, ensino e extensão, com a participação de instituições como a Universidade de Buenos Aires, a Universidade de Costa Rica, a Universidade de Santiago do Chile, a Universidade de Antioquia, a Universidade da República do Uruguai e a Universidade da Fronteira.
Esse plano faz parte da segunda fase do projeto “Empoderamento de Jornalistas Deslocados”, promovido pelo Programa Internacional para o Desenvolvimento da Comunicação (PIDC) da UNESCO. O FLAP trabalhará junto a coletivos profissionais, organismos de cooperação, universidades e agências da ONU para concretizar cada eixo do programa.
Para mais informações e para inscrições, acesse o portal oficial do programa.
