Apreensão milionária evidencia conexão entre mercado ilegal, riscos à saúde e financiamento do crime organizado
A Receita Federal realizou nesta terça-feira (30) a operação Sinal de Fumaça, voltada ao combate da venda ilegal de cigarros — tanto os convencionais quanto os eletrônicos — em São Paulo. A ação ocorreu em um depósito onde eram armazenados e comercializados artigos de tabacaria importados de forma irregular, com foco especial em dispositivos sem registro sanitário.
A estimativa é que mais de 50 volumes de mercadorias sejam apreendidos, com valor total que pode ultrapassar R$ 900 mil. Além da apreensão dos produtos, os responsáveis devem ser indiciados por crime de contrabando, o que pode resultar na suspensão dos CNPJs das empresas envolvidas.
A operação mira um mercado em franca expansão, especialmente entre jovens, que consomem cigarros eletrônicos sem qualquer controle sobre sua composição. Estudos indicam que esses dispositivos contêm substâncias tóxicas que causam doenças respiratórias, cardiovasculares e neurológicas, com impacto direto na saúde pública.
Para o Estado, os reflexos são claros: aumento na demanda por atendimentos médicos, elevação dos custos do SUS e desvio de recursos que poderiam ser aplicados em outras áreas. Soma-se a isso o prejuízo bilionário causado pela sonegação de impostos, que enfraquece a economia formal e favorece a atuação do crime organizado, responsável por grande parte do contrabando no país.
A Receita Federal reforça que seguirá atuando com inteligência e rigor, utilizando ferramentas tecnológicas e estratégicas para desarticular redes ilegais de distribuição, proteger o consumidor e garantir justiça fiscal.
Referência: Receita Federal do Brasil. “Operação Sinal de Fumaça”. São Paulo, 30 jul. 2025.
