Rio Claro, SP — A cidade de Rio Claro, situada no coração do Estado de São Paulo, abriga um tesouro arqueológico que muitos desconhecem. Graças a uma pesquisa em andamento no Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP, estamos finalmente tendo uma visão abrangente dos vestígios deixados pelos povos indígenas que ocuparam esta região desde tempos imemoriais.
Uma Janela para o Passado
Pesquisas realizadas por estudiosos, como T.O. Miller Jr. e A.G.M. Araujo, identificaram dezenas de sítios arqueológicos em Rio Claro. Aqui está a lista completa dos 40 sítios descobertos:

- Horto da Paulista
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- Prema 2
- Fonte: Araújo, A. G. M. (2010).
- Datação: Não
- Especificação do material: Lasca
- Avenida 7 com Rua 9 / Santa Rosa / PA 22 / LA 65 / Bertoldo Sacy
- Fontes: Becker, M. C. (1966); Miller Jr., T.O. (1969); AmbioTech (2011).
- Datação: Não
- Especificação Material: Diversos, incluindo Lasca
- Bairro Figueira
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação do material: Lasca
- RC 2
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação do material: Itararé-Taquara
- LA-105
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação do material: Lasca
- Lagoa do Camargo
- Fonte: Araújo, A. G. M. (2016).
- Datação: 10.500±70 cal AP; 9.060±50 cal AP; 8.300±60 cal AP
- Especificação Material: Lasca
- Serra d’Água
- Fonte: Miller Jr. T. O. (2011).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- Altarugio
- Fonte: Araújo, A. G. M. (2016).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca Retocada
- Ilha
- Fonte: Araújo, A. G. M. (2016).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- Altarugio 2
- Fonte: Araújo, A. G. M. (2016).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca Retocada
- Altarugio 3
- Fonte: Araújo, A. G. M. (2016).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca Retocada
- RC 21
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- RC 10
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca Retocada
- RC.16A
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- RC.15
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- RC.13
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- Santo Antonio
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Ponta
- Porteira (LA-6)
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- RC.4A
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- RC.36
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- LA.66
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- RC.6
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- RC.7A
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- Tirolese (LA-8)
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Ponta
- RC.5
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- LA.71
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- RC.4E
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- RC.8
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- RC.9
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- RC.3
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- RC.12
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- RC.11
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- RC.18
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- Poço Fundo II
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Ponta
- RC.4B
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- Triângulo (LA-22)
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- RC.26
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- RC.28
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- Vertente do Pitanga (LA-31)
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- RC.27
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- RC.25
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- RC.24
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Lasca
- Pântano (LA-23)
- Fonte: Miller Jr., T.O. (1969).
- Datação: Não
- Especificação Material: Plano-convexo
Um Panorama Inédito
A pesquisa do MAE da USP deu origem ao primeiro panorama sobre a arqueologia dos povos indígenas no território paulista, destacando a riqueza e diversidade das manifestações culturais presentes na área. Um dos frutos mais inovadores deste trabalho é um mapa interativo, que oferece aos usuários uma visão espacial dos diversos sítios arqueológicos. Este mapa foi desenvolvido como parte de um Projeto Temático da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Os pesquisadores do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas em Evolução, Cultura e Meio Ambiente (Levoc) do MAE ressaltam a relevância cultural destes vestígios, explicando que tratam-se de materiais associados a grupos indígenas. Eles optam por utilizar o termo “indígenas” ao invés de “pré-coloniais” devido ao foco cultural em vez de cronológico.
O Mapa Interativo
Este mapa, que já conta com mais de 2 mil dados cadastrados, foi criado a partir de uma compilação extensiva de teses, artigos, relatórios e informações coletadas no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e na biblioteca do MAE. O banco de dados que alimenta o mapa será regularmente atualizado, ampliando continuamente as informações disponíveis.
Letícia Corrêa, historiadora pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), mestre e doutora em arqueologia pelo MAE, e uma das pesquisadoras envolvidas na criação do mapa, comenta: “No banco de dados podem ser consultados desde os sítios pré-coloniais até sítios mais recentes, do início do século 20. É a primeira compilação que unifica todas as informações, nunca tivemos isso e é um grande avanço tanto para o conhecimento científico quanto para a comunidade em geral.”
Valorização e Preservação
Embora a Prefeitura de Rio Claro ainda não tenha tomado medidas significativas para valorizar esses sítios, a divulgação e o acesso a informações através do mapa interativo representam um passo importante. É essencial que a comunidade local compreenda e valorize este patrimônio, pois ele oferece uma conexão direta com as raízes antigas da região.
Para explorar o mapa interativo e descobrir mais sobre os sítios arqueológicos de Rio Claro, visite o site do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP ou a página da FAPESP.
Rio Claro possui uma história rica e profunda, e é nosso dever preservar e valorizar esse patrimônio cultural para as futuras gerações.
Uma pesquisa em andamento no Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP deu origem ao primeiro panorama sobre a arqueologia de povos indígenas no território que compreende o atual Estado de São Paulo. O mapa interativo apresenta ao usuário uma visão espacial das diversas manifestações culturais indígenas presentes em território paulista.
“Estamos aqui tratando dos vestígios de materiais associados a grupos indígenas que ocuparam esta porção do Continente Americano desde tempos imemoriais. Não temos em nossos bancos de dados sítios associados ao contato com o elemento europeu ou africano”, explicam os pesquisadores do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas em Evolução, Cultura e Meio Ambiente (Levoc) do MAE, responsáveis pelo mapa. O grupo justifica utilizar o termo “indígenas” ao invés de “pré-coloniais” por um motivo simples: o recorte não é cronológico, mas cultural.
Resultado de um Projeto Temático da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o mapa conta com mais de 2 mil dados que foram cadastrados, até o lançamento, a partir de um banco de dados produzido com a compilação de teses, artigos e relatórios, além de informações coletadas no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e na biblioteca do MAE. O banco de dados que alimenta o mapa será regularmente atualizado, podendo ampliar as informações disponíveis.
“No banco de dados podem ser consultados desde os sítios pré-coloniais até sítios mais recentes, do início do século 20. É a primeira compilação que unifica todas as informações, nunca tivemos isso e é um grande avanço tanto para o conhecimento científico quanto para a comunidade em geral”, afirma Letícia Corrêa, historiadora pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), mestre e doutora em arqueologia pelo MAE e uma das pesquisadoras envolvidas na criação do mapa.

Essas pesquisas realizadas pelos estudiosos, como T.O. Miller Jr. e A.G.M. Araujo, identificaram dezenas de sítios arqueológicos em Rio Claro trazendo uma diversidade de cultura .
A pesquisa do MAE da USP deu origem ao primeiro panorama sobre a arqueologia dos povos indígenas no território paulista, destacando a riqueza e diversidade das manifestações culturais presentes na área
*A valorização e preservação*
é essencial que a comunidade local compreenda e valorize este patrimônio, pois ele oferece uma conexão direta com as raízes antigas da região.
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